Setembro de 2004, sentada na varanda de casa reflito sobre Deus. Mais ainda, sobre as instituições que insistem em representá-lo.
Tenho 27 anos e ainda não encontrei aquela em que nossas virtudes são valorizadas apenas por serem virtudes...
Não. O amor por elas defendido é sempre condicionado, por isso, há sempre um preço a pagar. O amor nestes termos perde toda a pureza original.
A ideia que me ocorre não está ligada a comprovação do divino, mas ao fato de que a simples reflexão sobre o mesmo deveria em si mesmo nos libertar para uma lógica em a palavra racional venha antes do animal... numa equação simples em que ser humano = racional-animal!
Como trazer o olhar para o que nos faz singulares e universais.
A dura verdade, a verdade difícil de digerir é que no fundo-no-fundo não dá para provar a existência de Deus, porque as provas concretas o reduzem a condições limitadas de nossa própria existência.
Reduzir é tirar de Deus sua onipotência, é transformar o Criador em criatura.
Érica Alcântara
Os caminhos de Deus são insondávels...
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