Formei-me professora de Filosofia. Até hoje lembro como minha mãe reagiu quando cheguei em casa e dei a famigerada notícia: “Passei no vestibular!! ”. Até então ela tinha esperança de ter uma filha advogada, ou engenheira, uma mulher que anda sempre de salto alto e pastinha de empresária nas mãos, mas eu que acabara de ler um livro sobre “O Poder do Mito”, encasquetei de fazer filosofia. A universidade me transformou, me permitiu sentir a euforia e os conflitos próprios de quem vivencia a filosofia. Afinal, me exigiram os filósofos desconstruir todas as minhas crenças, matar todas as ideologias infantis e me deram uma espécie de massa amorfa para refazer a pessoa que eu realmente quero ser. Em 2006 participei da minha primeira atribuição de aulas, debaixo de um sol escaldante, por três dias eu, entre mais de uma centena de profissionais, aguardei no pátio de uma escola sentada ora no chão, ora nos bancos semi-quebrados de um auditório, o momento de escolher uma unidade de e
Todo mundo tem histórias para contar. Eu quero escrever a sua. Vamos lá?