… e de repente, como uma melodia, minha médica diz:
Ana, faremos uma cesariana...Você não vai aguentar mais
essas contrações sem ter dilatação. Senti um alívio, estava há 10 horas já tendo
as famosas contrações. Ninguém merece aquilo.
Rapidamente fui colocada em uma cadeira de rodas. Passei
pelas tias, irmão, amigos em direção ao Bloco Cirúrgico. Não sei quem chorava
mais. Certamente eu. Meu bebê estava a caminho mesmo. Que expectativa!
Prontamente me ligaram eletrodos, puxa veia aqui, mede
pressão ali, uma picada gelada na coluna e não sentia mais nada. Minha mãe
segurava forte a minha mão, enquanto a parentada se revezava no vidro
acompanhando o parto.
Minha médica me visou que sentiria naquele momento
uma pressão. Fiquei atenta. Senti a tal pressão, confundi com falta de ar e
quando eu já ía reclamar, ouvi o 1º choro do meu bebê.
Uma emoção sem medidas, uma grandeza de sentimento. Meu
Paulo é saudável e grande. Toda a equipe comentou. Todos estavam muito
emocionados e felizes.
Queridos titios(as),
Não pude avisar antes, deixei que a notícia se espalhasse.
Paulo nasceu. É um lindo bebê. Uma alma pura, um amor diferente. Estou
diferente. Estou cheia de amor e de dom materno. Estou chorona, com pontos e de
repouso, mas muito muito feliz. Plena e realizada como mulher. Admirada com essa
obra divina.
Saudades, bjo
Ana Martins
*Os nomes verdadeiros foram trocados. Essa é a carta e a história real do nascimento do filho de uma das minhas melhores amigas.
Por Érica Alcântara Apenas para evitar cair na vala comum dos erros provocados pelas generalizações, vou usar a palavra “quase”, mas admito que internamente sinto que ela é dispensável na frase a seguir: Quase... sempre que um homem, desprovido de argumentos, quer destruir (ou rebaixar) a imagem de uma mulher ele joga ela em alguma cama (na dele ou de outros). E digo, sem medo de errar, que o problema é antigo, não começou hoje. Explico: Na Bíblia a mulher verdadeiramente boa é a virgem, que é capaz de dar à luz sem ter sentido prazer algum. Mas a mulher que peregrina ao lado de Cristo, que o apoia na jornada de evangelização e, possivelmente se torna o 13º discípulo, essa mulher é marcada na história como a prostituta. E na balança de nossa moralidade, ainda tão obsoleta, as putas não merecem respeito. Por isso, existem tantos filhos da puta. E o jeito certo de começar uma briga é jogar a mãe (quase virginal) na cama de muitos homens. Então, quase que tradicionalmente, q
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