Deprimido o Empresário suplica à sua esposa: “Me mate. Quero morrer”. Semanas de tratamento e o homem é liberado para sair do hospital.
No caminho para casa resolvem entrar em uma capela construída pela própria família. Externamente feita de pedras escuras e compactadas, por dentro com paredes grossas e brancas, o local frio e sóbrio parece apoiar-se na imagem ao centro - um crucifixo esculpido em madeira bruta e nobre.
Minutos depois saíram, já no carro, enquanto a cadeira de rodas subia o elevador, um homem estranho se aproxima, pede licença e diz: “AqueEle que está ali (aponta para a cruz) sofreu muito mais por você. Você é filho dEle e vai sobreviver”, o estranho surgiu do nada e ao nada retornou, desapareceu enquanto o Empresário chorava como um bebê que acabara de nascer.
Semanas mais tarde o Empreendedor registra um depoimento para seus funcionários. Notoriamente feliz, agradece a todos pelas orações. A câmera que o filma amplia o ângulo do rosto, ao corpo imóvel na cadeira. “Estão vendo? Suas preces foram atendidas!”.
Uma jovem secretária, datilógrafa, formada no Maranhão, está entre os colegas paulistas atentos à declaração. Dias antes ela havia preparado os filhos: “Se acontecer algo comigo chame o vizinho. Do outro lado do muro disse: “Se acontecer algo comigo chame minha família no Nordeste”. Para a mãe disse: “Se acontecer algo comigo, venha buscar meus filhos”. Tudo meticulosamente preparado para sua morte.
Quando o Empresário terminou o discurso, assim como ele, a jovem mãe nordestina chorou. Se questionou como um homem que perdeu tanto podia ser tão feliz e ali mesmo, sem que ninguém soubesse, apagou a solidão, acalentou a alma e se lembrou que é possível vencer dificuldades.
A PALAVRA PODE SER VENENO OU REMÉDIO.
História inspirada em fatos reais, contados por um amigo.
Esta página é focada na PALAVRA utilizada como REMÉDIO.
A responsável pelas publicações: Érica Alcântara - escritora, poeta e jornalista.
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