Adeus ao violão encantado de Pedro, pedreiro e compositor

Ao lado da esposa de Sêu Pedro, Regina Alves da Silva; de seus oito filhos (Maria, Solange, Dora, Marli, Alzira, Sandra, Sônia e Osmar); dos 13 netos e dos 13 bisnetos, toda a Manada (Grupo de Oração) se reuniu para dar adeus a quem dedicou sua vida a família, a fé e a instrução e proteção dos jovens.
Antes de falecer, já com o corpo cansado, ciente e lúcido de sua crença, Sêu Pedro pediu a família para manter seu sonho vivo: conservar aberto o Presépio Permanente que montou em sua própria casa no Natal de 2013. Dizia ele na ocasião: “Porque todo dia é Natal! Todos os dias devemos comemorar a presença de Jesus em nossas vidas”.
Por isso, seu lar, construído com suas próprias mãos sobre a pedra, continuará sendo referência para a comunidade católica, que desde 1969 conhece o pedreiro cantador de ensinamentos que ajudou a erguer a igreja Matriz da nova Igaratá.
Sobre a música, Sêu Pedro se empolgava, com violão nas mãos, soltava acordes únicos compostos por ele mesmo em seus momentos de inspiração. Seu tema preferido era a fé que move os homens a serem pessoas de bem, como os santos que adornam a sua igreja.
Quando cantava, os olhos de Sêu Pedro transbordavam de lágrimas e não era choro de dor, era choro de contentamento. O sorriso acompanhava o sal do rosto e Pedro se animava e
m dividir com as pessoas as suas histórias.
Em sua última entrevista ao Jornal O Ouvidor, disse Sêu Pedro: “Para que tristeza? Pega essas coisas que te entristecem e põe no cesto de Jesus, ele sabe o que fazer com isso. Então, segue vivendo, não tem o que temer, se agarra na tua fé e vai”.
Érica Alcântara
Publicado no Jornal O Ouvidor em 22/02/2013
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